J'ai plaqué mon chêne comme un saligaud
Mon copain le chêne, mon alter ego
On était du même bois, un peu rustique, un peu brut
Dont on fait n'importe quoi sauf naturellement les flûtes
J'ai maintenant des frênes, des arbres de Judée
Tous de bonne graine, de haute futaie
Mais toi, tu manques à l'appel, ma vieille branche de campagne
Mon seul arbre de Noël, mon mât de cocagne
Auprès de mon arbre je vivais heureux
J'aurais jamais dû m'éloigner de mon arbre
Auprès de mon arbre je vivais heureux
J'aurais jamais dû le quitter des yeux
Je suis un pauvre type, j'aurais plus de joie
J'ai jeté ma pipe, ma vieille pipe en bois
Qu'avait fumé sans s'fâcher, sans jamais m'brûler la lippe
L'tabac d'la vache enragée dans sa bonne vieille tête de pipe
J'ai des pipes d'écume ornées de fleurons
De ces pipes qu'on fume en levant le front
Mais j'retrouverai plus ma foi dans mon cœur ni sur ma lippe
Le goût d'ma vieille pipe en bois, sacré nom d'une pipe
Auprès de mon arbre je vivais heureux
J'aurais jamais dû m'éloigner de mon arbre
Auprès de mon arbre je vivais heureux
J'aurais jamais dû le quitter des yeux
Le surnom d'infâme me va comme un gant
D'avec que ma femme j'ai foutu le camp
Parce que depuis tant d'années c'était pas une sinécure
De lui voir tout l'temps le nez au milieu de la figure
Je bats la campagne pour dénicher la
Nouvelle compagne, valant celle-là
Qui, bien sûr, laissait beaucoup
Trop de pierres dans les lentilles
Mais se pendait à mon cou quand j'perdais mes billes
Auprès de mon arbre je vivais heureux
J'aurais jamais dû m'éloigner de mon arbre
Auprès de mon arbre je vivais heureux
J'aurais jamais dû le quitter des yeux
J'avais une mansarde pour tout logement
Avec des lézardes sur le firmament
Je l'savais par cœur depuis
Et pour un baiser la course
J'emmenais mes belles de nuits
Faire un tour sur la grande ourse
J'habite plus d'mansarde, il peut désormais
Tomber des hallebardes, je m'en bats l'œil mais
Mais si quelqu'un monte aux cieux
Moins que moi j'y paie des prunes
Y a cent sept ans qui dit mieux
Que j'ai pas vu la lune
Auprès de mon arbre je vivais heureux
J'aurais jamais dû m'éloigner de mon arbre
Auprès de mon arbre je vivais heureux
J'aurais jamais dû le quitter des yeux
Abandonei meu carvalho como um sacana
O carvalho, meu amigo, meu alter ego
A gente era da mesma madeira, um pouco rústica, um pouco bruta
Com a qual se faz qualquer coisa, exceto naturalmente, as flautas
Agora, eu tenho freixos, olaias
Todos de boa raça, de grande porte
Mas, tu faltas na chamada, meu velho galho de campanha
Minha única árvore de Natal, meu pau-de-sebo
Junto à minha árvore, eu vivia feliz
Eu nunca deveria ter-me distanciado de minha árvore
Junto à minha árvore, eu vivia feliz
Eu nunca deveria ter tirado os olhos de cima dela
Sou um pobre sujeito, não terei mais alegria
Joguei meu cachimbo, meu velho cachimbo de madeira
Que tinha fumado, sem se zangar, sem jamais me queimar os lábios
O tabaco que o diabo amassou, em seu bom e velho fornilho
Tenho cachimbos de espuma do mar, ornados com florões
Daqueles cachimbos que se fumam com a cabeça altiva
Mas nunca mais encontrarei, palavra de honra, no meu coração nem em meus lábios
O gosto do meu velho cachimbo de madeira, sagrado nome de um cachimbo
Junto à minha árvore, eu vivia feliz
Eu nunca deveria ter-me distanciado de minha árvore
Junto à minha árvore, eu vivia feliz
Eu nunca deveria ter tirado os olhos de cima dela
O apelido de infame cai-me como uma luva
Da minha mulher eu dei no pé
Porque, depois de tantos anos, não era uma sinecura
Ver, o tempo todo, o nariz dela no meio da cara
Eu vago por aí para pôr as mãos em cima da
Nova companheira que valha aquela lá
Que, é claro, deixava
Pedras demais nas minhas lentilhas
Mas, pendurava-se no meu pescoço, quando eu pisava na bola
Junto à minha árvore, eu vivia feliz
Eu nunca deveria ter-me distanciado de minha árvore
Junto à minha árvore, eu vivia feliz
Eu nunca deveria ter tirado os olhos de cima dela
Eu tinha uma mansarda como único alojamento
Com rachaduras no firmamento
Eu sabia disso de cor, desde então
E contra um beijo por corrida
Eu levava minhas belas da noite
Dar uma volta pela Ursa Maior
Eu não vivo mais em mansarda, doravante pode
Chover canivetes, não estou nem aí, mas
Mas, se alguém sobe aos céus
Menos do que eu, eu pago pra ver
Há cento e sete anos, quem dá mais?
Que eu não vejo a Lua
Junto à minha árvore, eu vivia feliz
Eu nunca deveria ter-me distanciado de minha árvore
Junto à minha árvore, eu vivia feliz
Eu nunca deveria ter tirado os olhos de cima dela
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